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João Cabral de Melo Neto é um dos mais ricos poetas da atual Literatura Brasileira. Dono de acentuada tendência para a utilização de uma linguagem concisa e elíptica, produz seus poemas com a consciência de que a obra deve ser contida, sem expansão dos sentimentos ou crença em explosões irracionalistas. Volta-se para a busca do preciso, do concreto, do visual.
Ao escrever Morte e Vida Severina, em 1955, pretendeu reconstruir os autos de tradição medieval. Como linha mestra, coloca a trajetória do migrante nordestino em busca de um mundo melhor no litoral. Por onde passa, Severino, o retirante, encontra miséria, morte, pobreza, sofrimento, como partes da VIDA em oposição à MORTE. No entanto, há uma quebra na trajetória do desconsolo ao nascer uma criança, representando a fé-esperança (NATAL) que ressurge a cada vida que brota.
Poesia engajada, retrata a dura realidade das populações nordestinas. Encenado em 1966 pelo Tuca (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), este auto de natal pernambucano, com direção de Silnei Siqueira e músicas de Chico Buarque de Holanda, conquistou o maior prêmio concedido pelo Festival do Teatro Amador de Nancy, na França.
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